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Pastel: Do Pantanal à mesa, um ex-peão boiadeiro encanta o FIPe de Cáceres

Ex-peão boiadeiro, Pastel se tornou vendedor de salgados em Cáceres e encanta a todos com sua simpatia, carisma e quitutes deliciosos. Uma figura folclórica que preserva a cultura local e o Pantanal.
Fonte: Ronivon Barros
Figura folclórica cativa corações com simpatia e quitutes deliciosos

Rubens Lourenço Borges Gomes, mais conhecido como Pastel, é uma figura ímpar que transcende as páginas de um livro. Ex-peão boiadeiro, por 40 anos ele conduziu tropas pelo Pantanal de Mato Grosso, sempre à frente como ponteiro. Hoje, aos 65 anos, ele se destaca entre os habitantes de Cáceres como uma das personalidades mais carismáticas e excêntricas da cidade.

Com o fim da era das boiadas, substituídas pelos caminhões que transportam o gado, Rubens decidiu, há 16 anos, trocar os campos abertos pelas ruas da cidade e os bois pelos salgados. Esse novo ofício lhe rendeu o apelido de Pastel, e, assim como um peão que se orgulha de seu cavalo, ele se orgulha de seus deliciosos quitutes.

Preocupado com o meio ambiente, Pastel carrega consigo um cesto de lixo e uma placa orientativa com a frase: “Não Jogue Lixo no Chão”. Acompanhando a evolução da tecnologia, ele aceita pix e cartão de débito ou crédito para facilitar as vendas.

Tradição e simpatia: a marca registrada de Pastel

Mesmo aposentado da vida de peão, Pastel não abandonou sua essência boiadeira. Seus trajes ainda são adornados com lenços, metais e argolas, remetendo às vestimentas tradicionais dos peões. O couro, sempre presente, combina com suas roupas pretas, uma marca registrada que o torna inconfundível. É impossível não notar sua presença no pátio da Sematur, onde, desde o início do festival em 2 de julho, ele atrai olhares curiosos e clientes famintos.

Com um rádio sempre por perto, Pastel cria uma atmosfera animada, quase como se estivesse ainda nas vastas planícies pantaneiras, guiando seu rebanho ao som de músicas tradicionais. Sua simpatia e jeito exótico são irresistíveis, conquistando o coração de quem passa por ali. Muitas vezes, as pessoas pedem para tirar fotos com ele, e, embora ele nunca condicione a foto à compra de seus salgados, sua gentileza e carisma sempre resultam em novas vendas.

Tesouro cultural que enriquece o FIPe

Para os organizadores do FIPe, figuras como Pastel são tesouros culturais que enriquecem o evento. “Eles representam a alma cacerense, trazendo consigo histórias e tradições que transformam o festival em uma verdadeira celebração da cultura local. Pastel, com sua aura de boiadeiro e vendedor de sonhos salgados, é a personificação viva de um passado que continua a encantar e a inspirar”, finalizam.

Fonte Prefeitura Municipal de Cáceres – MT

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