Senadores da oposição evitam questionar sobre Israel, mas tema é abordado pelo chanceler e por Espiridião Amim.
Convocado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado nesta quinta-feira (14), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, respondeu a questionamentos sobre a guerra na Ucrânia, as eleições na Venezuela e a posição do Brasil em uma suposta nova ordem mundial.
Oposição silencia sobre Israel:
Embora a convocação tenha acontecido logo após a repercussão da comparação feita pelo presidente Lula entre as ações de Israel em Gaza e as de Hitler na Segunda Guerra Mundial, os senadores da oposição não questionaram o chanceler sobre as relações entre Brasil e Israel ou sobre a guerra na Faixa de Gaza.
Outros temas em debate:
- Sérgio Moro: Questionou a posição do Brasil em relação à desabilitação da candidata à presidência da Venezuela, Maria Corina Machado.
- Hamilton Mourão: Indagou sobre a posição do Brasil em uma suposta nova ordem mundial.
- Eduardo Girão: Questionou o motivo de o Brasil ainda não ter recebido o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.
Chanceler defende diplomacia e relações bilaterais:
Em sua resposta, Vieira destacou a importância da diplomacia e da manutenção de relações bilaterais com todos os países.
- Venezuela: Defendeu a necessidade de um entendimento entre governo e oposição para a realização das eleições.
- Ucrânia: Ressaltou que o Brasil condenou a invasão russa e mantém contato com as autoridades de Kiev.
- Nova ordem mundial: Afirmou que o Brasil deve promover um mundo multipolar e manter relações com todos os países.
Israel e a Faixa de Gaza:
- Vieira: Criticou Israel por violar o direito humanitário internacional e comparou a ação em Gaza à violação dos direitos e das vidas dos palestinos.
- Espiridião Amim: Pediu atenção especial ao tema e destacou que o relato do chanceler foi ponderado.
Viagem ao Oriente Médio:
Vieira anunciou que irá ao Oriente Médio neste final de semana para se reunir com autoridades da Palestina, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita. O conflito em Gaza e as perspectivas de paz na região também serão temas das conversas.