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Blitz Caçador de Veículos em Cáceres Gera Revolta e Debate sobre Legalidade

Blitz da Lei Seca em Cáceres utiliza método questionável e gera revolta entre condutores. Abusos e lucro exagerado com bônus são denunciados. Prefeita se defende e providências são aguardadas.
Fonte: Jornal Cacerense

Uma blitz da Polícia Militar (PM) em Cáceres, no último fim de semana, gerou polêmica e revolta entre motoristas. A operação, apelidada de “calefão”, consistia em direcionar compulsoriamente veículos para dentro da Avenida 7 de Setembro, no centro da cidade, para revista.

Condutores Revoltados

Dezenas de motoristas foram obrigados a entrar no corredor formado por policiais armados em ruas transversais à avenida, percorrendo cerca de três quilômetros até o local da blitz. Muitos alegaram demora excessiva para serem revistados e falta de comunicação por parte dos policiais. Vídeos da ação viralizaram nas redes sociais, com críticas à abordagem considerada abusiva.

Lei Seca e Incentivos Financeiros

A blitz, realizada em conjunto com o Detran, a Guarda Municipal, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Técnica, faz parte da Lei Seca, criada pelo governador Mauro Mendes. A operação ocorre frequentemente aos finais de semana em todo o estado.

Para cada servidor da PM ou do Detran que participa da blitz, o governo concede um bônus de R$ 555,00. Documentos obtidos pela reportagem revelam casos de policiais que receberam até R$ 20 mil em um semestre apenas com esse abono, considerando a realização de três a quatro operações por semana.

Prefeita se Desvencilha e PM Promete Providências

A prefeita Eliene Dias (PSB) negou qualquer ingerência na blitz, afirmando que a operação é de responsabilidade do Detran e dos órgãos estaduais, conforme lei estadual.

Contudo, o coronel Alexandre Corrêa Mendes, comandante geral da PM de Mato Grosso, afirmou à reportagem que tomará providências sobre o caso.

Críticas à Abordagem e Comparação com Caça ao Gado

O método utilizado pela PM, de forçar os motoristas a entrarem na blitz, foi comparado à caça ao gado bravio no passado, quando os animais eram atraídos para um curral improvisado com formato de triângulo e entrada estreita. Ao adentrar, o animal ficava preso, pois as pontas das varas batiam na “sangradeira”.

Embora alguns motoristas aprovem as ações de vistoria, criticam a forma coercitiva da blitz, que os obriga a mudar de rota à força.

Fonte Expressão Notícias

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