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Organização criminosa usava miniestádio público para lavar dinheiro do tráfico, aponta Polícia Civil

Facção criminosa utilizava miniestádio público em Cuiabá para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Investigação da Polícia Civil identificou o uso do espaço para promover a facção e realizar ações assistencialistas. Ministério Público pede revogação da cessão do espaço e remoção de símbolos.
Fonte: reprodução PJC
Ministério Público pede revogação de cessão e remoção de símbolos da facção

Cuiabá, MT – Uma organização criminosa investigada na Operação Apito Final, da Polícia Civil, utilizava o miniestádio do Jardim Florianópolis, em Cuiabá, para lavar dinheiro do tráfico de drogas. A investigação apurou que, desde outubro de 2023, o espaço público, recentemente denominado pelo principal investigado como Arena Floripa, era utilizado para difundir e promover o nome do líder criminoso e da facção.

Lavagem de dinheiro através do esporte

O uso do miniestádio era apenas uma das estratégias da organização criminosa para lavar dinheiro. A Arena Floripa foi pichada com frases e nomes do time de Paulo Witer, líder do grupo, em cores que fazem alusão à facção criminosa. O local era utilizado para treinamentos e disputas de jogos amadores, inclusive o tradicional Peladão da capital. O time foi constituído e é mantido com a finalidade clara e exclusiva de lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

Investigações revelam esquema complexo

As investigações apuraram que, além do uso do espaço público no Jardim Florianópolis, a organização criminosa começou a construir um centro esportivo no Jardim Umuarama, também na capital. O espaço ocuparia 10 lotes residenciais com a construção de dois campos de futebol, academia, lojas e lanchonetes.

Prisões e apreensões

A Operação Apito Final foi deflagrada no dia 2 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais. A ação resultou na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis. A investigação apurou que, no período de dois anos, a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis adquiridos para lavar o dinheiro da facção.

Medidas tomadas pelo Ministério Público

Diante das evidências, o Ministério Público Estadual requereu que o Município de Cuiabá revogue a cessão do miniestádio e remova todos os sinais, símbolos e marcadores do espaço que constam o nome do time de futebol. A medida visa impedir que a organização criminosa continue utilizando o espaço público para suas atividades ilícitas.

Combate ao crime organizado

A Operação Apito Final é um importante passo no combate ao crime organizado em Mato Grosso. A ação demonstra o compromisso das autoridades em investigar e punir os responsáveis por crimes graves, como o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.

Fonte Polícia Judiciária Civil – MT

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